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O nascimento da mãe no contexto da perinatalidade. Manuel Matos 

O autor articula investigações sobre perinatalidade, nomeadamente de D. Stern e Bruschwiller-Stern, S. Missonier, B. Brazelton, A. Gomes Pedro, B. Cyrulnik, entre outros. com a sua experiência clínica de psicoterapeuta. Em seu entender, o bebé que nasce também faz nascer a mãe. Em circunstâncias normais, as capacidades interactivas do bebé, durante gestação, nascimento e primeira infância, a responsividade da mãe e a introdução do pai na relação, são apresentadas como variáveis essenciais para o desenvolvimento da identidade materna no feminino. Com base na experiência clínica salienta situações adversas, nas quais a depressão e o luto, a interrupção precoce da simbiose mãe-bebé, a indiferença ou a rejeição, comprometem o desenvolvimento psíquico do bebé com consequências no desenvolvimento da identidade materna no feminino. Entre as situações anómalas extremas refere-se ao Berço vazio de Mª José Soubieux e lembra que o bebé que morre antes de vir ao mundo bloqueia o acesso à representação psíquica do feminino materno. Porque o bebé morre a mãe não nasce.

Palabras clave: Perinatalidade, competências do bebé, identidade materna. Comentarios (0) RSS comment feed